Do imediatismo ao Ócio
Dois mil e dezesseis
O sol nasce na Rua da Aurora
Emanando raios ofuscantes já por volta das seis
E essa louca vida contemporânea
Nos obrigando a ir lá pra fora
A ânsia de resultados
Tem nos tirado a beleza
Tem nos fechado os lábios
Tem nos trazido frieza
A cobrança das organizações desorganizadas
Desumanizadas
O toque superficial dessa geração do touch screen
Essa pressa toda
Barrando a história da coletividade
Como assim?
Século XXI
Geração Y
Segregação disfarçada de inclusão
Os que estão no poder
Fingindo que nos estendem a mão
E a gente fingindo que acredita, sem uma mínima reflexão
Ânsia/ pressa/ imediatismo
Num ritmo ritímico
O “ismo” remetendo a doença
Era patologizada pela crença
Intolerância
Discriminação
Hipocrisia
Sociedade assolada de apatia
A doença do imediato
É o não sofrer pelo não alcançado
Como crescer sem se frustrar de fato?
Quero, logo tenho
Tenho, logo não preciso
Preciso porque quero
Será que quero o que preciso?